sábado, 6 de agosto de 2011

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Colostroterapia

Colostroterapia
Colostroterapia (1) ou Terapia colostral: é a utilização do colostro com o fim diferente do nutricional, sobretudo para os recém-nascidos de MBP (muito baixo peso) para os quais o colostro representa verdadeiro suplemento imunológico. Trata-se de proposta de prática clínica que ainda necessita de evidências científicas para generalizar seu uso. Especula-se se citocinas já não seriam absorvidas na mucosa oral (2) ou gástrica, ativando o sistema imunológico do prematuro. Os fatores de crescimento concentrados no colostro promoveriam ação trófica sobre os enterócitos (3,4). Ademais, a IgA secretora pode atapetar a mucosa imatura, impedindo a adesão de germes patogênicos e substâncias probióticas, também presentes no colostro determinariam a colonização do trato gastrointestinal com uma flora saprófita, que competiria com a flora patogênica da unidade(5). Pode-se utilizar a colostroterapia mesmo quando o bebê permanece em jejum, sobretudo nas primeiras 24-48h de vida. Formas seguras e eficazes de se administar colostro precocemente nestes RNs ainda estão sendo testadas. A Equipe do BLH-AM e neonatologistas da Maternidade Ana Braga – Manaus – AM desenvolveram protocolo em que se propõe um tripé de ações que no conjunto são chamadas de colostroterapia: a higiene oral feita com colostro (6,7); a lavagem gástrica feita com colostro (8) e a administração orofaríngea de gotas colostrais (9,10). Para o sucesso da prática é vital praticar o cuidado canguru precocemente (11) e ter norma escrita na unidade, orientando a adequada utilização do colostro no ambiente de terapia intensiva neonatal (12). Referências: 1. Guilherme JP, Mattar MJG, Batista TMC. Colostroterapia: uma proposta coerente de suplementação imunológica em recém-nascidos de muito baixo peso. In: V CONGRESSO BRASILEIRO de Bancos de Leite Humano e I Congresso Ibero-americano de Bancos de Leite Humano. Set, 2010. Brasília. Anais do Congresso. p70-71. 2. Rodriguez NA, Meier PP, Groer MW and Zeller JM. Oropharyngeal administration of colostrum to extremely low birth weight infants: theoretical perspectives. Journal of Perinatology (2009) 29, 1–7 3. Hines et al. Endogenous Components of Human Milk. J Hum Lact 23(2), 2007 4. Dvorak B. Milk Epidermal Growth Factor and Gut Protection. J Pediatr 2010; 156:S31-35. 5. Hanson LA. Immunobiology of Human Milk: How Breastfeeding Protects Babies. Amarillo 2004 6. Marinetti KA, Hamelin K. Breastfeeding and the use of human milk in the neonatal intensive care unit. In: Avery's neonatology: pathophysiology & management of the newborn.2005. Chapter 23,p 429. 7. Spatz DL, Edwards TM. The Use of Colostrum and Human Milk for Oral Care in the Neonatal Intensive Care Unit. National Association of Neonatal Nurses E-News; September 2009 Vol 1, Issue 4 8. Patel AB, Shaikh S. Efficacy of Breast Milk Gastric Lavage in Preterm Neonates. Indian Pediatrics (44) march 17, 2007; p 199-204. 9. Rodriguez NA, Meier PP, Groer MW, et al. A pilot study of the oropharyngeal administration of own mother’s colostrum to extremely low birth weight infants. Adv Neonatal Care. 2010 Aug; 10(4):206-12. 10. Montgomery DP, Baer VL, Lambert DK, Christensen RD. Oropharingeal Administration of Colostrum to Very Low Birth Weight Infants: Results of a Feasibility Trial. Neonatal Intensive Care 23-1(2010) p27-29. 11. Venancio SI, Almeida H. Kangaroo Mother Care: scientific evidences and impact on breastfeeding. J Pediatr (Rio J). 2004; 80(5 Supl):S173-S180 12. Meier PP, Engstrom JL, Jegier BJ, Patel AL, Bruns NE. Improving the use of Human Milk During and after the NICU stays. Clin Perinatolol 37(2010) 217-245.

COLOSTROTERAPIA

COLOSTROTERAPIA
um tripé de ações caracterizam a colostroterapia:1. a administração orofaríngea de colostro e/ou higiene oral feita com colostro; 2. o ataque colostral (a lavagem gástrica feita com colostro); 3. O contato pele-a-pele precoce, que viabiliza o desafio da manutenção da lactação em prematuros extremos.

COLOSTROTERAPIA

COLOSTROTERAPIA
De acordo com Neville M. a concentração de IgA cai drasticamente após as primeiras 72h de vida do bebê. Gotas colostrais podem oferecer a proteção desejada durante este período crítico.

COLOSTROTERAPIA

COLOSTROTERAPIA
Maneiras seguras e eficazes de se administar colostro para os prematuros de muito baixo-peso nos primeiros dias de vida, quando eles geralmente não podem ser alimentados devem ser testadas. Neste contexto sugere-se a lavagem gástrica com colostro, a administração orofaríngea e/ou a higiene oral feita com colostro, para possibilitar que este grupo de bebês usufruam de todos os benefícios da exposição precoce às substâncias colostrais.