sábado, 6 de agosto de 2011

Comemore a Semana Mundial de Aleitamento materno com entusiasmo!

Você quer ser um amigo do peito? aceite o convite...veja o vídeo!

Semana Mundial do Aleitamento Materno 2011

Semana Mundial de Aleitamento Materno 2011.
Há vinte anos, um grupo de profissionais de saúde e lideranças mundiais juntou forças por uma causa que vale a pena - a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno em todo o mundo – foi criada então a Aliança Mundial em prol da Amamentação, a WABA (World Alliance for Breastfeeding Action), da qual a rede IBFAN faz parte.
A WABA criou a Semana Mundial de Aleitamento Materno. Esta foi lançada para comemorar um ano da Declaração de Innocenti  em 1991 e desde então se tornou um evento anual celebrado por milhares de pessoas em todo o mundo no período de 01 a 07 de agosto.
A cada ano a WABA combina trabalhar um tema mundialmente, focando uma das várias faces da amamentação. Este ano o tema é "Amamentação: Fale comigo em 3D". O tema nos alerta que a amamentação é uma experiência com várias dimensões e que a comunicação é parte essencial na promoção desta prática, tomando a cada dia novas formas pela mídia, internet, telefones celulares e quaisquer meios de comunicação – mesmo em 3D ou até em 4D!
Atualmente é recomendado que se dê aos bebês apenas o leite materno nos primeiros seis meses de vida e que, a partir dessa idade, a amamentação continue junto com outros alimentos saudáveis da família, por 2 anos ou mais. É muito importante que esta recomendação seja precisa e buscada em fontes de comunicação seguras e idôneas.
Para  a mulher ser protegida contra informações que privilegiam outros interesses, o que pode ocorrer com aquelas de empresas que lucram com a venda e distribuição de produtos como leites e alimentos infantis, mamadeiras e bicos -  é necessária uma total integração dos serviços e profissionais de saúde com a sociedade em geral, sendo o setor saúde  o responsável principal pelas informações sobre aleitamento a serem veiculadas. Além disso, para que a mulher encontre apoio em canais confiáveis de comunicação, onde realmente se promova a prática da amamentação, é fundamental que a amamentação esteja presente em todas as dimensões, em todos os momentos necessários: da gravidez aos primeiros anos de vida de seu filho.
A Semana Mundial de Aleitamento Materno 2011 tem como meta alcançar pessoas tradicionalmente menos envolvidas com a amamentação, como os jovens, os homens, os empregadores e aqueles que trabalham em outros setores da sociedade, além da saúde. Seus objetivos são: conseguir a participação efetiva dos jovens por meio das redes sociais por eles usadas na internet; criar e aumentar as vias de comunicação para os diferentes setores da sociedade; utilizar os múltiplos meios de comunicação existentes; e, por fim, promover um ambiente onde a mulher seja apoiada na amamentação em todos os ambientes que frequente.
Contatos:  

sexta-feira, 18 de março de 2011

COLOSTROTERAPIA

você sabe o que é colostroterapia? veja acima uma síntese sobre o assunto e as principais referências que a embasam.

Alimentando a criança programada para viver 100 anos

Você já parou pra pensar nisso? Seu filho que vai nascer, ou que nasceu há pouco, terá condições de desfrutar de desenvolvimento tecnológico e de viver em uma sociedade com mais qualidade de vida, o que possibilitará que ele viva 100 anos ou mais... Você deve estar se perguntando: “E o que devo fazer para propiciar isso?” Sem dúvida são muitos os fatores que interferem neste resultado, mas pra começar, os pais deveriam conhecer as recomendações da ciência quanto à alimentação infantil. O pai da Medicina, Hipócrates, já havia sentenciado: “Somos o que comemos”. Sabe-se que a alimentação da criança, ao nascer e durante os primeiros anos de vida tem repercussões ao longo de toda a vida do indivíduo. O aleitamento materno é o “padrão ouro” da alimentação infantil, sobretudo nos dois primeiros anos de vida. Isto mesmo: Por quanto tempo você deve amamentar seu filho? Por dois anos ou mais e de forma exclusiva nos primeiros seis meses. Assim, ao recém-nascido deve ser dada a oportunidade de receber o melhor alimento já desenvolvido especialmente para ele: o leite materno. Sua superioridade é incontestável.  Tem sido amplamente divulgado pela mídia que o leite materno protege os lactentes de infecções, alergias e até de câncer. Estudos mais recentes demonstram que o bebê amamentado tem menos chance de ser obeso, de ter hipertensão arterial e diabetes, para citar apenas as mais freqüentes doenças do adulto. Percebe porque nossos filhos chegarão aos 100 anos?
Ademais, o leite humano é personalizado. Ë feito para suprir as demandas de desenvolvimento e de crescimento de cada bebê. Toda mãe produz leite especialmente para seu bebê.
Ao longo dos meses, ocorre uma adaptação do leite aos diferentes períodos do desenvolvimento infantil, o que resulta num líquido único, um alimento vivo, capaz de interagir com todo o organismo de seu filho... fato que só muito recentemente tem sido desvendado pela ciência.
Também é bastante conhecido o fato do aleitamento propiciar um melhor vínculo entre mãe e filho. O bebê amamentado aprende bem cedo a estabelecer uma relação de afeto e de confiança, o que certamente implicará uma melhor saúde mental.  Sem falar que a mãe que amamenta perde menos sangue no pós-parto, retorna à sua silhueta mais rapidamente, tem muito menos chance de ter câncer de ovário ou de mama.
Contudo, somente quatro de cada 10 crianças de zero a seis meses mamam de forma exclusiva no Brasil. Apesar de boa parte das pessoas saber dos inúmeros benefícios do aleitamento materno, o mundo ainda tem taxas de prevalência bastante baixas, já que o ideal seria que todas as crianças de zero a seis meses estivessem recebendo leite materno de forma exclusiva. E porque isso acontece?
Porque equivocadamente disseminou-se na sociedade ocidental a cultura do desmame precoce. Diversas causas devem ter contribuído pra isso:
- práticas hospitalares inadequadas como a elevada incidência de partos cesárea;
- ausência de alojamentos conjuntos – uso de berçários para recém-nascidos normais;
- a demora para colocar o bebê para mamar no peito logo após o nascimento;
- a utilização indiscriminada de fórmulas artificiais;
- a ampla divulgação da mamadeira e da chupeta pela mídia como utensílios facilitadores da libertação da mulher;
- a introdução precoce de sucos e outros alimentos após o primeiro mês de vida.
Estas práticas, aliadas a mudanças da estrutura familiar na vida moderna, além do marketing abusivo das indústrias alimentícias, que a todo tempo tentam convencer o médico e a população de que finalmente “inventaram” um leite artificial perfeito, que possa substituir o leite materno, culminaram com a divulgação da cultura do desmame como o padrão da normalidade. Ledo engano.  Não existe substituto para o leite materno. 
Então, fique atenta. Não se deixe enganar. E lá vão algumas dicas pra você perseverar no aleitamento do seu filho:
- é comum sentir-se insegura, achar que o leite é fraco ou que você não pode produzir leite em quantidade suficiente. Mas saiba que quanto mais o bebê suga, quanto mais ele ordenha o peito, mais leite você produz. Procure tranqüilizar-se. O estresse impede a ejeção do leite. Solicite uma massagem a algum familiar. Deixe o pai ajudar. Descanse. A autoconfiança aumenta a produção de leite. Acredite que você é capaz de alimentar seu filho. Você é uma mulher poderosa!
- Não dê ouvidos a opiniões de terceiros, quando forem contrárias a forma como você decidiu alimentar seu filho. Procure apoio. Sim, para a amamentação dar certo, é fundamental o apoio da família, do pai, da avó... dos vizinhos e amigos... e dos profissionais de saúde.
- Existe uma técnica para amamentar. Se você ainda não sabe como é, deve procurar um pediatra com treinamento em aleitamento materno e que respeite a sua decisão de amamentar. Isto quer dizer que você deve procurar um pediatra que não prescreva uma fórmula infantil logo na primeira dificuldade da amamentação. As equipes do Banco de Leite geralmente possuem profissionais treinados e capacitados. Busque orientação. Não desista simplesmente. O aleitamento é natural, mas não é fácil no começo. Principalmente se for sua primeira vez e se nunca vivenciou esta experiência em família. Peça ajuda a quem entende ou a quem já amamentou com sucesso.
-Evite mamadeiras e chupetas. Corra destes utensílios. A forma como o bebê suga a mamadeira nada tem a ver com a sucção do peito. E isto confunde o bebê, ocasionando o desmame precoce. Se for necessário, o bebê receberá complemento no copo.
- O aleitamento deve ser feito sob livre demanda: o bebê mama quando quiser por quanto tempo desejar. As mamadas noturnas são comuns e devem ser encaradas com naturalidade. Durma mais um pouco quando o bebê dormir durante o dia.
- Nem todo choro do bebê é fome. Aprenda a interpretar o choro de seu bebê. Ele pode estar com frio ou com calor, com fraldas sujas, ou simplesmente está querendo sua presença. Coloque o bebê em contato pele-a-pele sempre que não conseguir consolá-lo. Isto acalma o bebê.
Cumpre esclarecer que você tem o direito de escolher a forma como vai alimentar seu filho. Ao profissional de saúde cabe oferecer as informações e apoiá-la em sua decisão, mas eles devem ter o compromisso de fortalecer as ações de promoção, proteção e apoio à amamentação natural.
 O resgate da cultura da amamentação depende de nós. De mim. De ti. E talvez um sinal de retorno desta prática se dê quando nossas filhas brincarem com bonecas que mamam no peito. Simples assim.
Dr Jefferson Pereira Guilherme
Médico pediatra neonatologista.
Consultor em Lactação Humana
Membro do Departamento Científico de  Aleitamento Materno – Sociedade Brasileira de Pediatria.
Vídeo sobre aleitamento materno retirado do youtube.

Colostroterapia

Colostroterapia
Colostroterapia (1) ou Terapia colostral: é a utilização do colostro com o fim diferente do nutricional, sobretudo para os recém-nascidos de MBP (muito baixo peso) para os quais o colostro representa verdadeiro suplemento imunológico. Trata-se de proposta de prática clínica que ainda necessita de evidências científicas para generalizar seu uso. Especula-se se citocinas já não seriam absorvidas na mucosa oral (2) ou gástrica, ativando o sistema imunológico do prematuro. Os fatores de crescimento concentrados no colostro promoveriam ação trófica sobre os enterócitos (3,4). Ademais, a IgA secretora pode atapetar a mucosa imatura, impedindo a adesão de germes patogênicos e substâncias probióticas, também presentes no colostro determinariam a colonização do trato gastrointestinal com uma flora saprófita, que competiria com a flora patogênica da unidade(5). Pode-se utilizar a colostroterapia mesmo quando o bebê permanece em jejum, sobretudo nas primeiras 24-48h de vida. Formas seguras e eficazes de se administar colostro precocemente nestes RNs ainda estão sendo testadas. A Equipe do BLH-AM e neonatologistas da Maternidade Ana Braga – Manaus – AM desenvolveram protocolo em que se propõe um tripé de ações que no conjunto são chamadas de colostroterapia: a higiene oral feita com colostro (6,7); a lavagem gástrica feita com colostro (8) e a administração orofaríngea de gotas colostrais (9,10). Para o sucesso da prática é vital praticar o cuidado canguru precocemente (11) e ter norma escrita na unidade, orientando a adequada utilização do colostro no ambiente de terapia intensiva neonatal (12). Referências: 1. Guilherme JP, Mattar MJG, Batista TMC. Colostroterapia: uma proposta coerente de suplementação imunológica em recém-nascidos de muito baixo peso. In: V CONGRESSO BRASILEIRO de Bancos de Leite Humano e I Congresso Ibero-americano de Bancos de Leite Humano. Set, 2010. Brasília. Anais do Congresso. p70-71. 2. Rodriguez NA, Meier PP, Groer MW and Zeller JM. Oropharyngeal administration of colostrum to extremely low birth weight infants: theoretical perspectives. Journal of Perinatology (2009) 29, 1–7 3. Hines et al. Endogenous Components of Human Milk. J Hum Lact 23(2), 2007 4. Dvorak B. Milk Epidermal Growth Factor and Gut Protection. J Pediatr 2010; 156:S31-35. 5. Hanson LA. Immunobiology of Human Milk: How Breastfeeding Protects Babies. Amarillo 2004 6. Marinetti KA, Hamelin K. Breastfeeding and the use of human milk in the neonatal intensive care unit. In: Avery's neonatology: pathophysiology & management of the newborn.2005. Chapter 23,p 429. 7. Spatz DL, Edwards TM. The Use of Colostrum and Human Milk for Oral Care in the Neonatal Intensive Care Unit. National Association of Neonatal Nurses E-News; September 2009 Vol 1, Issue 4 8. Patel AB, Shaikh S. Efficacy of Breast Milk Gastric Lavage in Preterm Neonates. Indian Pediatrics (44) march 17, 2007; p 199-204. 9. Rodriguez NA, Meier PP, Groer MW, et al. A pilot study of the oropharyngeal administration of own mother’s colostrum to extremely low birth weight infants. Adv Neonatal Care. 2010 Aug; 10(4):206-12. 10. Montgomery DP, Baer VL, Lambert DK, Christensen RD. Oropharingeal Administration of Colostrum to Very Low Birth Weight Infants: Results of a Feasibility Trial. Neonatal Intensive Care 23-1(2010) p27-29. 11. Venancio SI, Almeida H. Kangaroo Mother Care: scientific evidences and impact on breastfeeding. J Pediatr (Rio J). 2004; 80(5 Supl):S173-S180 12. Meier PP, Engstrom JL, Jegier BJ, Patel AL, Bruns NE. Improving the use of Human Milk During and after the NICU stays. Clin Perinatolol 37(2010) 217-245.

COLOSTROTERAPIA

COLOSTROTERAPIA
um tripé de ações caracterizam a colostroterapia:1. a administração orofaríngea de colostro e/ou higiene oral feita com colostro; 2. o ataque colostral (a lavagem gástrica feita com colostro); 3. O contato pele-a-pele precoce, que viabiliza o desafio da manutenção da lactação em prematuros extremos.

COLOSTROTERAPIA

COLOSTROTERAPIA
De acordo com Neville M. a concentração de IgA cai drasticamente após as primeiras 72h de vida do bebê. Gotas colostrais podem oferecer a proteção desejada durante este período crítico.

COLOSTROTERAPIA

COLOSTROTERAPIA
Maneiras seguras e eficazes de se administar colostro para os prematuros de muito baixo-peso nos primeiros dias de vida, quando eles geralmente não podem ser alimentados devem ser testadas. Neste contexto sugere-se a lavagem gástrica com colostro, a administração orofaríngea e/ou a higiene oral feita com colostro, para possibilitar que este grupo de bebês usufruam de todos os benefícios da exposição precoce às substâncias colostrais.