Você já parou pra pensar nisso? Seu filho que vai nascer, ou que nasceu há pouco, terá condições de desfrutar de desenvolvimento tecnológico e de viver em uma sociedade com mais qualidade de vida, o que possibilitará que ele viva 100 anos ou mais... Você deve estar se perguntando: “E o que devo fazer para propiciar isso?” Sem dúvida são muitos os fatores que interferem neste resultado, mas pra começar, os pais deveriam conhecer as recomendações da ciência quanto à alimentação infantil. O pai da Medicina, Hipócrates, já havia sentenciado: “Somos o que comemos”. Sabe-se que a alimentação da criança, ao nascer e durante os primeiros anos de vida tem repercussões ao longo de toda a vida do indivíduo. O aleitamento materno é o “padrão ouro” da alimentação infantil, sobretudo nos dois primeiros anos de vida. Isto mesmo: Por quanto tempo você deve amamentar seu filho? Por dois anos ou mais e de forma exclusiva nos primeiros seis meses. Assim, ao recém-nascido deve ser dada a oportunidade de receber o melhor alimento já desenvolvido especialmente para ele: o leite materno. Sua superioridade é incontestável. Tem sido amplamente divulgado pela mídia que o leite materno protege os lactentes de infecções, alergias e até de câncer. Estudos mais recentes demonstram que o bebê amamentado tem menos chance de ser obeso, de ter hipertensão arterial e diabetes, para citar apenas as mais freqüentes doenças do adulto. Percebe porque nossos filhos chegarão aos 100 anos?
Ademais, o leite humano é personalizado. Ë feito para suprir as demandas de desenvolvimento e de crescimento de cada bebê. Toda mãe produz leite especialmente para seu bebê.
Ademais, o leite humano é personalizado. Ë feito para suprir as demandas de desenvolvimento e de crescimento de cada bebê. Toda mãe produz leite especialmente para seu bebê.
Ao longo dos meses, ocorre uma adaptação do leite aos diferentes períodos do desenvolvimento infantil, o que resulta num líquido único, um alimento vivo, capaz de interagir com todo o organismo de seu filho... fato que só muito recentemente tem sido desvendado pela ciência.
Também é bastante conhecido o fato do aleitamento propiciar um melhor vínculo entre mãe e filho. O bebê amamentado aprende bem cedo a estabelecer uma relação de afeto e de confiança, o que certamente implicará uma melhor saúde mental. Sem falar que a mãe que amamenta perde menos sangue no pós-parto, retorna à sua silhueta mais rapidamente, tem muito menos chance de ter câncer de ovário ou de mama.
Contudo, somente quatro de cada 10 crianças de zero a seis meses mamam de forma exclusiva no Brasil. Apesar de boa parte das pessoas saber dos inúmeros benefícios do aleitamento materno, o mundo ainda tem taxas de prevalência bastante baixas, já que o ideal seria que todas as crianças de zero a seis meses estivessem recebendo leite materno de forma exclusiva. E porque isso acontece?
Porque equivocadamente disseminou-se na sociedade ocidental a cultura do desmame precoce. Diversas causas devem ter contribuído pra isso:
- práticas hospitalares inadequadas como a elevada incidência de partos cesárea;
- ausência de alojamentos conjuntos – uso de berçários para recém-nascidos normais;
- a demora para colocar o bebê para mamar no peito logo após o nascimento;
- a utilização indiscriminada de fórmulas artificiais;
- a ampla divulgação da mamadeira e da chupeta pela mídia como utensílios facilitadores da libertação da mulher;
- a introdução precoce de sucos e outros alimentos após o primeiro mês de vida.
Também é bastante conhecido o fato do aleitamento propiciar um melhor vínculo entre mãe e filho. O bebê amamentado aprende bem cedo a estabelecer uma relação de afeto e de confiança, o que certamente implicará uma melhor saúde mental. Sem falar que a mãe que amamenta perde menos sangue no pós-parto, retorna à sua silhueta mais rapidamente, tem muito menos chance de ter câncer de ovário ou de mama.
Contudo, somente quatro de cada 10 crianças de zero a seis meses mamam de forma exclusiva no Brasil. Apesar de boa parte das pessoas saber dos inúmeros benefícios do aleitamento materno, o mundo ainda tem taxas de prevalência bastante baixas, já que o ideal seria que todas as crianças de zero a seis meses estivessem recebendo leite materno de forma exclusiva. E porque isso acontece?
Porque equivocadamente disseminou-se na sociedade ocidental a cultura do desmame precoce. Diversas causas devem ter contribuído pra isso:
- práticas hospitalares inadequadas como a elevada incidência de partos cesárea;
- ausência de alojamentos conjuntos – uso de berçários para recém-nascidos normais;
- a demora para colocar o bebê para mamar no peito logo após o nascimento;
- a utilização indiscriminada de fórmulas artificiais;
- a ampla divulgação da mamadeira e da chupeta pela mídia como utensílios facilitadores da libertação da mulher;
- a introdução precoce de sucos e outros alimentos após o primeiro mês de vida.
Estas práticas, aliadas a mudanças da estrutura familiar na vida moderna, além do marketing abusivo das indústrias alimentícias, que a todo tempo tentam convencer o médico e a população de que finalmente “inventaram” um leite artificial perfeito, que possa substituir o leite materno, culminaram com a divulgação da cultura do desmame como o padrão da normalidade. Ledo engano. Não existe substituto para o leite materno.
Então, fique atenta. Não se deixe enganar. E lá vão algumas dicas pra você perseverar no aleitamento do seu filho:
- é comum sentir-se insegura, achar que o leite é fraco ou que você não pode produzir leite em quantidade suficiente. Mas saiba que quanto mais o bebê suga, quanto mais ele ordenha o peito, mais leite você produz. Procure tranqüilizar-se. O estresse impede a ejeção do leite. Solicite uma massagem a algum familiar. Deixe o pai ajudar. Descanse. A autoconfiança aumenta a produção de leite. Acredite que você é capaz de alimentar seu filho. Você é uma mulher poderosa!
- Não dê ouvidos a opiniões de terceiros, quando forem contrárias a forma como você decidiu alimentar seu filho. Procure apoio. Sim, para a amamentação dar certo, é fundamental o apoio da família, do pai, da avó... dos vizinhos e amigos... e dos profissionais de saúde.
- Existe uma técnica para amamentar. Se você ainda não sabe como é, deve procurar um pediatra com treinamento em aleitamento materno e que respeite a sua decisão de amamentar. Isto quer dizer que você deve procurar um pediatra que não prescreva uma fórmula infantil logo na primeira dificuldade da amamentação. As equipes do Banco de Leite geralmente possuem profissionais treinados e capacitados. Busque orientação. Não desista simplesmente. O aleitamento é natural, mas não é fácil no começo. Principalmente se for sua primeira vez e se nunca vivenciou esta experiência em família. Peça ajuda a quem entende ou a quem já amamentou com sucesso.
Então, fique atenta. Não se deixe enganar. E lá vão algumas dicas pra você perseverar no aleitamento do seu filho:
- é comum sentir-se insegura, achar que o leite é fraco ou que você não pode produzir leite em quantidade suficiente. Mas saiba que quanto mais o bebê suga, quanto mais ele ordenha o peito, mais leite você produz. Procure tranqüilizar-se. O estresse impede a ejeção do leite. Solicite uma massagem a algum familiar. Deixe o pai ajudar. Descanse. A autoconfiança aumenta a produção de leite. Acredite que você é capaz de alimentar seu filho. Você é uma mulher poderosa!
- Não dê ouvidos a opiniões de terceiros, quando forem contrárias a forma como você decidiu alimentar seu filho. Procure apoio. Sim, para a amamentação dar certo, é fundamental o apoio da família, do pai, da avó... dos vizinhos e amigos... e dos profissionais de saúde.
- Existe uma técnica para amamentar. Se você ainda não sabe como é, deve procurar um pediatra com treinamento em aleitamento materno e que respeite a sua decisão de amamentar. Isto quer dizer que você deve procurar um pediatra que não prescreva uma fórmula infantil logo na primeira dificuldade da amamentação. As equipes do Banco de Leite geralmente possuem profissionais treinados e capacitados. Busque orientação. Não desista simplesmente. O aleitamento é natural, mas não é fácil no começo. Principalmente se for sua primeira vez e se nunca vivenciou esta experiência em família. Peça ajuda a quem entende ou a quem já amamentou com sucesso.
-Evite mamadeiras e chupetas. Corra destes utensílios. A forma como o bebê suga a mamadeira nada tem a ver com a sucção do peito. E isto confunde o bebê, ocasionando o desmame precoce. Se for necessário, o bebê receberá complemento no copo.
- O aleitamento deve ser feito sob livre demanda: o bebê mama quando quiser por quanto tempo desejar. As mamadas noturnas são comuns e devem ser encaradas com naturalidade. Durma mais um pouco quando o bebê dormir durante o dia.
- Nem todo choro do bebê é fome. Aprenda a interpretar o choro de seu bebê. Ele pode estar com frio ou com calor, com fraldas sujas, ou simplesmente está querendo sua presença. Coloque o bebê em contato pele-a-pele sempre que não conseguir consolá-lo. Isto acalma o bebê.
Cumpre esclarecer que você tem o direito de escolher a forma como vai alimentar seu filho. Ao profissional de saúde cabe oferecer as informações e apoiá-la em sua decisão, mas eles devem ter o compromisso de fortalecer as ações de promoção, proteção e apoio à amamentação natural.
O resgate da cultura da amamentação depende de nós. De mim. De ti. E talvez um sinal de retorno desta prática se dê quando nossas filhas brincarem com bonecas que mamam no peito. Simples assim.
- O aleitamento deve ser feito sob livre demanda: o bebê mama quando quiser por quanto tempo desejar. As mamadas noturnas são comuns e devem ser encaradas com naturalidade. Durma mais um pouco quando o bebê dormir durante o dia.
- Nem todo choro do bebê é fome. Aprenda a interpretar o choro de seu bebê. Ele pode estar com frio ou com calor, com fraldas sujas, ou simplesmente está querendo sua presença. Coloque o bebê em contato pele-a-pele sempre que não conseguir consolá-lo. Isto acalma o bebê.
Cumpre esclarecer que você tem o direito de escolher a forma como vai alimentar seu filho. Ao profissional de saúde cabe oferecer as informações e apoiá-la em sua decisão, mas eles devem ter o compromisso de fortalecer as ações de promoção, proteção e apoio à amamentação natural.
O resgate da cultura da amamentação depende de nós. De mim. De ti. E talvez um sinal de retorno desta prática se dê quando nossas filhas brincarem com bonecas que mamam no peito. Simples assim.
Dr Jefferson Pereira Guilherme
Médico pediatra neonatologista.
Consultor em Lactação Humana
Médico pediatra neonatologista.
Consultor em Lactação Humana
Membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno – Sociedade Brasileira de Pediatria.
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